Economia Política Internacional

Autoria por Isadora Carlos Santos, analista de comunicação e redação da ANAPRI

Revisado por Elaine Silva da Luz, coordenadora de comunicação da ANAPRI

Início de ano e volta às aulas é um processo cansativo e difícil de encaixar na rotina novamente. Uma breve pausa nos textos de idiomas, para hoje conversarmos sobre uma matéria nova do meu semestre e tentar aceitar a dura realidade de que as férias acabaram.    

Segundo a Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI, 2024), a Economia Política Internacional (EPI) aborda como eixo de preocupação os fluxos monetários, de mercadorias, serviços, pessoas e ideias através das fronteiras que expressam tal interação economia/política. Nas décadas recentes, debates a respeito dos processos de globalização e seus impactos têm chamado a atenção para o fato de que fenômenos importantes para a EPI não se restringem às interações interestatais, mas também dizem respeito a outros tipos de atores que não apenas os Estados.

É importante mencionar que o Neoliberalismo é um tópico importante para essa disciplina, além das crises e grandes eventos políticos-financeiros do século XX. Sobre isso, é válido mencionar os livros do autor norte-americano Milton Friedman – “Capital e Liberdade” e do economista brasileiro Ladislau Dowbor – “Pão Nosso de cada dia”.

Falando sobre eventos que transformaram os rumos da Economia Internacional: o famoso Acordo de Bretton Woods. Em 1944 foi criado um novo sistema monetário internacional a partir da paridade dólar-ouro, mostrando a centralidade dos Estados Unidos frente à economia mundial e a perda do enorme poderio econômico inglês. Além dessas mudanças, houve também a criação do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial que atuam na garantia do bom funcionamento do sistema financeiro através da estabilidade cambial, concessão de empréstimos e crescimento econômico dos países. (Banco Central Do Brasil, 2024). 

Assuntos como a Crise de 2008, também, tomam parte nessa disciplina. Considerada a pior crise econômica desde a Grande Depressão, os bancos dos EUA ofereceram vários empréstimos para a compra de casas, que com o aumento da taxa de juros e a impossibilidade dos devedores de pagarem seus débitos, levou à falência milhares de bancos e pessoas. Com efeitos negativos em todo o mundo, foi a razão da forte crise de 2011 na Zona do Euro e do surgimento dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), por exemplo. (Politize, 2020).  

Nesse breve resumo, nota-se que o surgimento de crises e suas consequências constroem grande parte desse material. É importante compreender porque certos projetos não funcionam, para criar mecanismos que os evitem e por fim gerar objetos de estudos para sempre discutir e melhorar o sistema em que vivemos.

REFERÊNCIAS

LADISLAU DOWBOR. Pão nosso de cada dia. [s.l.] Autonomia Literária, 2021.

FRIEDMAN, M. Capitalismo e liberdade. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

Associação Brasileira de Relações Internacionais – Economia Política Internacional. Disponível em: <https://www.abri.org.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=1185 >. Acesso em: 23 fev. 2024.

‌Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/fmi>. Acesso em: 28 fev. 2024

FREITAS, B. A. Crise financeira de 2008: você sabe o que aconteceu? Disponível em: <https://www.politize.com.br/crise-financeira-de-2008/ >. Acesso em: 28 fev. 2024.