Autora: Isadora Santos.

Revisado por: Elaine Silva da Luz, coordenadora de comunicação e redação da ANAPRI.

Um dos vários estereótipos que existem sobre o internacionalista é o de falar muitas línguas. E realmente meus amigos, o internacionalista deve gabaritar esse quesito. Mas relaxa, não precisa desesperar ou trancar o curso porque não é bilíngue. O objetivo é apresentar a importância da comunicação nas Relações Internacionais, e com isso, mostrar que aprender novas línguas é possível, de uma forma bem mais leve.

A globalização trouxe com si a necessidade da aprimoração das ferramentas de comunicação entre países, e com isso, falar uma língua global parou de ser diferencial no currículo e se tornou essencial para navegar pelas oportunidades do mercado de trabalho. Criado desde o princípio sob bases que visavam o domínio e com 1.268 milhões de falantes, o inglês é a língua universal hoje. Uma pessoa que fala espanhol e inglês, é capaz de entender 1 em cada 3 pessoas que se conectam à internet, por exemplo 1. Predominante na comunicação de aeroportos, negócios internacionais, diplomacia, turismo, oportunidades de empregos e estudos. Portanto você pode sim ser um profissional da área e não falar inglês, mas tendo em vista a lista de desvantagens que acompanha essa escolha.

Sobretudo, é correto afirmar que um novo idioma é ferramenta de trabalho e que todo o processo de aprendizagem leva tempo, esforço e renúncia. Desse modo, é importante ter a mentalidade de ser gentil e paciente com você nessa jornada, além de recompensar e reconhecer suas pequenas conquistas. “Por onde começar?”; “é fora do meu orçamento”; “eu entendo, mas não consigo falar”: frases que com certeza passam pela cabeça de todo estudante e que muitas vezes desmotivam ou levam a desistência. Em vista disso, existe uma lista vasta de cursos ofertados de maneira online e 100% gratuito para essas pessoas, alguns dos mais populares são: a plataforma da Santander Becas 2 , do ISF 3 , e da
Kultivi 4 . Vale também ressaltar o ranking de línguas mais requisitados no mercado de trabalho: 1° Inglês, 2° Espanhol, 3° Mandarim, 4° Francês, 5° Japonês, 6° Alemão e 7° Árabe. 5

Outra forma de aprender, também, é inserindo o novo idioma no seu cotidiano. A realização de intercâmbios, cursos de verão e voluntariados no exterior traz um ótimo desenvolvimento da escuta e fala, por ser uma situação de necessidade e convivência. Contudo, não se restringe só a isso. Mudar o idioma do celular, assistir séries e filmes legendados, participar de aplicativos de conversação e ler livros 6 , exerce grande diferença no desempenho, ao relacionar teoria à prática, simulando uma rotina com a linguagem.

Desse modo, conclui-se que o internacionalista tem uma responsabilidade com o conhecimento de idiomas e que esse processo vai além da formação acadêmica. Poder se comunicar com culturas novas e entender uma abrangência muito maior de informações, faz bem para a saúde 7 . E por fim, como disse Claire Fagin, educadora norte-americana, “O conhecimento lhe dará a oportunidade de fazer a diferença”.

1 Internet World Stats, 2019. https://metodista.br/noticias/conheca-as-10-linguas-mais-faladas-no-mundo
2 Santander https://app.becas-santander.com/pt-BR/program/search?category=LANGUAGE&status=open
3 Idiomas sem fronteiras https://isf.mec.gov.br/inscricoes/inscricao-curso-online
4 Kultivi https://kultivi.com/cursos/idiomas
5 ABRACOMEX https://abracomex.org/idiomas-mais-requisitados-no-mercado-de-trabalho/
6 Pimsleur Paul – “How to Learn a Foreign Language” ; Pernisa Elisa – “Por que o Mundo Precisa de Internacionalistas?”
7 https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/02/22/quais-as-vantagens-em-aprender-um-segundo-idioma-
ou-mais-a-saude-