Autoria por Victória Cristine Ramos, analista de comunicação e redação da ANAPRI.
Revisado por Elaine Silva da Luz, coordenadora de comunicação e redação da ANAPRI.
Entre 15 e 18 de abril deste ano ocorreu o sétimo Fórum de Países na América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável, que teve como objetivo analisar o progresso e as dificuldades enfrentadas pelos países no cumprimento da Agenda 2030. Durante as reuniões, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) apresentou o sétimo relatório sobre os avanços dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na região. Infelizmente, os dados trazidos pelos documentos não são tão animadores.
Já falamos sobre dificuldades no cumprimento dos objetivos traçados na Agenda 2030 em outros textos que podem ser encontrados em nosso site. Contudo, o diferencial desse relatório é justamente o foco na América Latina e no Caribe, uma região com tantos problemas econômicos, sociais e ambientais. O documento da CEPAL (2024), portanto, aponta que apenas 22% dos ODS terão êxito até a data estimada. Questões como crescimento lento da economia, fluxos migratórios, aumento da desigualdade, entre outros, auxiliam na dificuldade encontrada pelos países da região. Por isso, existe uma grande necessidade de mudanças estruturais urgentes para que haja um maior progresso nas metas (CEPAL, 2024).
Outro ponto relativo à economia e consequentemente baixa no cumprimento dos compromissos firmados pelos Estados está no baixo crescimento do PIB. Ainda de acordo com o relatório, em 2024, o PIB da região deve crescer apenas 1,9% e, para que haja um sucesso nos ODS, deve haver uma melhora na taxa de investimentos . Dessa forma, políticas modernas nesse âmbito devem impulsionar “investimentos em sectores-chave que terão um impacto no crescimento e promoverão mudanças nas estruturas produtivas e, assim, um desenvolvimento mais sustentável na região” (CEPAL, p. 9, 2024).
A CEPAL (2024) elencou que os países da América Latina e do Caribe possuem espaço para realizar uma cooperação e coordenação de ideias, experiências e lições vividas por cada nação. Dessa forma, é exposto que o sucesso da Agenda 2030 depende de políticas estratégicas que envolvem todos os âmbitos, exemplo de níveis nacionais, subnacionais e locais, comunidades, cidades e regiões de cada um dos Estados. Ou seja, é necessário um esforço conjunto e integrado, que pode ser observado pelos resultados positivos obtidos até então, que foram fruto de cooperação.
REFERÊNCIAS
The Challenge of Accelerating the 2030 Agenda in Latin America and the Caribbean: Transitions towards Sustainability. CEPAL, 2024. Disponível em: https://repositorio.cepal.org/bitstreams/15388446-8b73-44c2-b6e1-44d5b687b32f/download. Acesso em: 17 abr. 2024.