Autoras: Ana Beatriz Nobre
Revisado por Elaine Silva da Luz, coordenadora de comunicação e redação da ANAPRI
A Associação Nacional dos Profissionais de Relações Internacionais-ANAPRI surge em 21 de novembro de 2018 a partir de demanda que o público de Relações Internacionais tem no Brasil de fazer (re)conhecida a profissão de internacionalista.
Sabemos que a área de relações internacionais perpassa a história das nações, mas o campo acadêmico só veio a surgir no Brasil em 1974, quando o primeiro curso de graduação na área foi criado, na Universidade de Brasília (UnB). Considerando que o primeiro curso de graduação foi fundado em 1919, na Universidade de Gales, no Reino Unido, fica claro o quão recente é a área de estudos no nosso país. É por isso que o profissional de RI, ainda é uma “incógnita” para a maior parte da população, que não entende, em geral, com o que lida o internacionalista.
Como o nome da área já sugere, o profissional formado em RI é responsável por ser o meio pelo qual ocorrerão as interações – ou relações – entre os distintos atores do cenário internacional, que vão desde Estados, organizações internacionais, ONGs internacionais, atores subnacionais que interagem com o internacional, empresas etc. (Pereira, 2019). Assim, o internacionalista exerce um papel importantíssimo por ser capacitado para conduzir os diálogos entre atores com interesses e perfis distintos, de modo que é preciso ter habilidades muito específicas para as RI, como a capacidade de adaptação a outras culturas, o aprendizado de idiomas, competência para realizar negociações e gerir projetos, por exemplo. Com isso, o internacionalista é o profissional indicado para trabalhar não só na diplomacia – o caminho mais lembrado, geralmente –, mas também em órgãos dos diversos níveis de governo, empresas, ONGs, organizações internacionais e nas universidades, é claro (Pereira, 2019).
Assim, a ANAPRI tem contribuído desde sua fundação para tornar conhecida a área e, principalmente, o profissional das Relações Internacionais, cuja profissão não é regulamentada no Brasil ainda. A Associação tem lutado para defender essa regulamentação, que possibilitaria maior clareza das atribuições e direitos do internacionalista, o que facilitaria sua inserção no mercado de trabalho e já tem prestado importantes contribuições: em 2019, a ANAPRI indicou 7 dos 10 internacionalistas participantes do Painel único da FIPE para inclusão da profissão na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), que se concretizou no ano seguinte!
Desde então, a Associação continua a se engajar no debate público sobre relações internacionais no Brasil, se articulando e buscando apoio político para viabilizar a regulamentação, uma vez que o primeiro passo – o do reconhecimento da profissão – já foi dado.
Atualmente, a ANAPRI acompanha o PL 3536/2020 de autoria do Deputado Federal Alexandre Padilha (PT/SP) dentre outras movimentações políticas para a regulamentação da profissão de internacionalista.
Agora que você conhece um pouco da gente, seja bem vindo ao nosso espaço, iremos vivenciar muitas coisas juntos esse espaço é nosso.
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